" Ágora Virtual "

Talvez pudéssemos pensar a liberdade pelo ponto de vista da emancipação intelectual.
Quão livre é quem pensa "com as próprias pernas" !
Se nosso sistema educacional priorizasse tal liberdade, talvez não formasse cada vez mais pessoas alheias ao próprio pensamento e adeptas das idéias que a mídia tenta vincular!

Um pensamento, de inúmeros outros que podem ser produzidos aqui acerca desse tema, é que essa liberdade para ser concreta, realizável, necessita ser experimentada pela percepção, justamente através dos sentidos... Olhando por esse lado...
A liberdade pode ser cultivada nas diferentes esferas da vida, desde a liberdade da tenra infância (com todo o seu despudor - no sentido de não se envergonhar dos acasos que lhe são apresentados a todo o instante e simplesmente viver, livre) ao estado conduzido pela velhice... mas para que isso ocorra é preciso tornar-se sensível a ela (liberdade) e a todos os sentidos que nos fazem conduzir à ao seu encontro.
Uma possibilidade de Platão, ao afirmar que a velhice é um estado de liberdade, condiz exatamente com o fato de ter experienciado inúmeras sensações produzidas em vida que de repente montou-se um cenário perfeito (trazendo à memória que tudo pode ser criado e recriado, inventado e reinventado, descoberto e redescoberto!!) do que é liberdade...

Segundo Platão, a velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos sentidos; será necessário viver para ser livre? E a sensação de liberdade da infância, é falsa? E quem não percebe o mundo através dos sentidos como a maioria das pessoas não é livre?

pena que não tem botão de "curtir" no site....

Somos a liberdade pulsante dentro de nós mesmos... Quando esta se esvai, para fora de nós, corre o risco de ser podada por algum espírito mal que aprisionado a certos padrões tende a nos fazer acreditar que somos dependentes dessa prisão... o importante é conservá-la, essa tal liberdade, dentro de nós, branda, límpida de falsas ideologias e de uma realidade imutável.. Afinal o que é hoje, pode não ser amanhã e o amanhã talvez nunca chegue para que este se torne passado.. E o que podemos esperar?! A doce liberdade, de poder se libertar de tudo que te prenda a um passado e das projeções programadas de um futuro que sem que haja percepção te aprisiona, para vivenciar a liberdade do presente que é um instante tão pequeno mas ao mesmo tempo de uma grandeza inigualável e isso pelo simples fato de ser o agora, o já.. Se o desperdiçarmos pode ser que viver a liberdade seja impossível, pode ser que viver seja impossível, afinal, dentro de nós é que repousa aquela certa liberdade...

Será que em algum momento o pensamento é realmente livre? Livre de estereótipos, pré-noções, preconceitos? Talvez nem nosso pensamento seja totalmente livre. Afinal pensar livremente é pensar o que nós realmente queremos ou é deixar-se livre, para pensar o que surgir a mente? E o que surgiu a mente, surgiu livremente ou surgiu à uma preocupação ou uma imagem da qual foi possível se recordar e pensar tal coisa? Da mesma forma que seria interessante se colocássemos esse mesmo estilo de pensamento (com o intuito de conversarmos) poderia estar a liberdade, no caso estaríamos tentando conversar sobre a pergunta a cima. Então, a liberdade existe? Se existe, mesmo que se acredite nela, de qualquer modo, não há uma prisão de tal definição do que seja estar em liberdade?

Liberdade é ser feliz, viver sem preocupação, sem sofrimentos.

PODE SER PENSAR LIVREMENTE...